quinta-feira, 26 de maio de 2011

RECEITA BASICA PARA UM BOM ADMNISTRADOR

CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO POR CHIAVENATO E MAXIMIANO


Administração é a aplicação de técnicas com o intuito de estabelecer metas e operacionalizar o seu alcance pelos colaboradores participantes das organizações a fim de que se obtenham resultados que satisfaçam as necessidades de seus clientes assim como às suas próprias. (CHIAVENATO)

Nas palavras de Maximiano, administrar “é o processo que tem como finalidade garantir a eficiência e eficácia de um sistema”.

FUNÇÃO DO ADMINISRADOR


Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar - POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que atualmente chama-se apenas Dirigir (Liderança).


Atualmente, as principais funções administrativas são:
  • Fixar objetivos (planejar);
  • Analisar: conhecer os problemas;
  • Solucionar problemas;
  • Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas);
  • Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);
  • Negociar;
  • Tomar as decisões (rápidas e precisas);
  • Mensurar e avaliar (controlar).

PAPEL DO ADMINISTRADOR


As funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar.
Planejar: "definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos" , ou como "ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório."
O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: pode-se constatar que [...] se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa.
Logo, "organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo organizacional tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas."
Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. "Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados."

E por último controlar, que "estando a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios"(ARAÚJO, 170, 2004).
Cada uma das características pode ser definida separadamente, porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser trabalhadas disjuntas

PRINCIPIOS PARA UM BOM ADMINISTRADOR


  • Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas;
  • Saber decidir e solucionar problemas;
  • Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos.
  • Ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização;
  • Ser proativo, ousado e criativo;
  • Ser um bom líder;
  • Gerir com responsabilidade e profissionalismo.
  • Ter visão de futuro

TECNICAS MODERNAS DE GESTÃO


ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO.


CRONOLOGIA DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO


SLIDES DE MARCELO GALVÃO

VIDEOS PARA A VIDA

EXEMPLO DE BOM ADM

Rosabeth Moss Kanter

Uma grande mulher
Nascida em 1943, socióloga norte-americana, professora de Gestão em Harvard e ex-editora da Harvard Business Review, Rosabeth Moss Kanter impôs-se como especialista em gestão da mudança e a inspiradora do conceito de empowerment. Possui um doutoramento da University of Michigan e lecionou em Yale e no MIT.


"As empresas que não souberem inovar e derrubar a hierarquia estão com os dias contados - é o que diz a palestrante americana do momento".

Por Tania Menai
Se existe uma Joana d'Arc na batalha contra hierarquia, fronteiras e rigidez nas empresas, essa pessoa é a americana Rosabeth Moss Kanter. Ela hoje é a mulher que está por trás de muitos dos grandes homens do mundo corporativo dos Estados Unidos. É alguém que está remodelando e liderando mudanças estratégicas em diversas empresas e órgãos do governo - sem falar em outras organizações mundo afora. Kanter ajudou, por exemplo, os CEOs das farmacêuticas Monsanto e Novartis na análise de projetos especiais, treinou o alto escalão da GAP Inc. para a nova estratégia necessária ao crescimento da empresa de vestuário, trabalhou na formulação de regulamentações de recursos humanos do BankBoston. Atualmente ela lidera uma equipe da IBM num programa chamado Reinventando a Educação.
Desde 1986 Kanter leciona administração de empresas na Harvard Business School, a mesma escola onde obteve seu diploma em 1960. E durante três anos ela foi editora da revista Harvard Business Review, uma bíblia do mundo dos negócios. Suas experiências resultaram em 13 livros sobre administração, liderança e sobre o dia-a-dia do mundo das corporações. No penúltimo, Classe Mundial (Editora Campus), ela diz que a globalização não deveria assustar médias e pequenas empresas. E, como antídoto, sugere a adoção dos "três cês": ser Cosmopolita, ter Conceitos e Competência. Em seu livro mais recente, Frontiers of Management (ainda não disponível em português), ela reúne crônicas e artigos publicados nos últimos dez anos, fazendo um bom desenho das mudanças no ambiente dos negócios nesse período - as empresas que deram certo, as que não deram e o que é preciso aprender para não perder o bonde daqui em diante. "Rosabeth Kanter é a única de nossos líderes acadêmicos que enxerga o business como um todo", escreveu o guru da administração Peter Drucker. 


A senhora escreve e respira administração há mais de 20 anos. O que mudou de lá para cá?

O mais importante é que as paredes que separavam as empresas de seus consumidores e fornecedores foram derrubadas. Há 20 ou 25 anos os negócios eram muito mais limitados e intrínsecos. Além disso, o sistema era hierárquico e burocrático, com regras, procedimentos e cargos bem definidos. O ritmo das promoções era tão lento que os profissionais focavam sua carreira como se estivessem subindo degrau por degrau. Normalmente, as pessoas em funções mais subalternas não tinham voz ativa ou influência. Tudo isso tem mudado bastante. Muitas empresas extinguiram camadas hierárquicas e eliminaram regulamentações. As melhores estão fazendo com que todos os níveis colaborem, pois elas precisam de novas idéias. 

Ser um bom administrador é algo que está no sangue ou se aprende na faculdade?

Há líderes naturais. Mas a administração como disciplina ou ciência sempre tem, como requisito, uma educação formal em finanças, operações e processos de negociação. A habilidade de administrar pessoas tem a ver com o saber liderar, e isso deve ser encorajado nas empresas. A questão não é se a pessoa nasce com essa habilidade ou se ela aprende na escola - é a cultura da empresa onde ela trabalha que vai despertar, ou não, suas melhores características. Empresas controladoras e autocratas esmagam a personalidade das pessoas. As boas empresas reforçam as habilidades e a comunicação, o que acaba puxando os profissionais para cima. Eu ensino numa ótima faculdade de administração, mas acho que as escolas não fazem milagres no que diz respeito à liderança. Isso é uma coisa que você tem de cultivar ao longo da carreira, se a oportunidade lhe for dada. 
 
Disponível em: http://www.taniamenai.com/folio2/2000/05/rosabeth_moss_k.html

PERFIL DE UM BOM ADMINISTRADOR

O Perfil do Administrador do presente, face as Novas Tecnologias da Informação

Por Solange Moreira Dias de Lima

"Assim como ninguém aprende tanto sobre um assunto como o homem que é obrigado a ensiná-lo,também ninguém se desenvolve tanto como o homem que tenta ajudar os outros a se autodesenvolverem."
Peter Drucker.
 
RESUMO
O novo ambiente empresarial provoca a necessidade das empresas se tornarem organizações de aprendizagem. Para isso, uma série de mudanças devem acontecer, sobretudo no perfil do administrador que atua nessas organizações. Essas mudanças passam por uma série de resistências, provocadas pelo modelo institucional de ensino, que limita a iniciativa, a criatividade e o livre arbítrio dentro das empresas. Neste trabalho, porém,  são apresentados alguns modelos de aprendizagem para ajudar aos novos administradores a enfrentar as mudanças tão repentinas que vêm  ocorrendo dentro e fora das empresas,  considerando-se que o perfil do '' novo administrador"  seja um eterno aprendiz, utilizando-se da melhor forma possível, as novas tecnologias de informação.

1 - INTRODUÇÃO 

    O mercado de trabalho está passando por profundas transformações neste início de século. Cada vez mais profissionais, principalmente no nível executivo, estão se defrontando com novos desafios, tais como globalização, descentralização, downsizing e terceirização. As próprias noções de emprego e trabalho, estão mudando. Nesse sentido, este administrador deverá ter bem claro em sua mente qual o papel do administrador nesta virada de século; que conhecimentos ele deve ter e reciclar para se preparar para esses novos desafios e as habilidades que lhe serão exigidas, num ambiente tão tumultuado e competitivo.
Hoje, portanto, Globalização é um fator condicionante de toda ação administrativa. A evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão ocorrendo; além disso, a descentralização dos processos de decisão e ação é uma reação das organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando cada vez mais. Neste contexto, porém, o deslocamento do poder e a inversão da pirâmide organizacional, caminhando para uma horizontalização das empresas é uma tendência destacada. O uso cada vez mais generalizado da informatização, onde as novas Tecnologias de Informação, cruzada com a tendência globalizante, tem produzido efeitos curiosos no ambiente de negócios.
Esse trabalho, porém, visa mostrar que o administrador, como um agente de transformação dessas relações necessita de um novo perfil, caracterizado pela necessidade emergente de mudar a sua maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de qualificação e requalificação profissional, passando a concebê-la como um instrumento de renovação de seus conhecimentos que ocorre no dia-a-dia das organizações. Assim, torna-se importante fazer uma análise de como esse administrador pode se tornar o principal elemento capaz de manter as organizações competitivas e rentáveis, através da gestão do conhecimento, utilizando-se das novas tecnologias de Informação como verdadeira aliada. 

2 - A Globalização e o novo perfil  
           
Com a globalização econômica, a temática prioritária no campo empresarial passou a ser a competitividade. Nesse caminho, a necessidade de se impor em um mercado sem fronteiras fez com que as economias substituíssem o trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia, muitas vezes gerando desemprego ou realocando trabalhadores para funções menos nobres.
            Existem, atualmente 800 milhões de desempregados em todo o mundo. Nos países subdesenvolvidos, a situação é ainda pior. É longo o caminho que precisam percorrer para alcançar o nível de automação do Primeiro Mundo e, além disso, amargam com freqüência dois tipos de desemprego: conjuntural - causado pelo arrocho no crédito e taxa de câmbio que limita as exportações - e estrutural - provocado pela mudança no processo de produção ou no mix de bens e serviços produzidos em certos momentos. Esse último, resultante da substituição do Homem pelas Máquinas.
            Essa redução dos empregos nas indústrias também está relacionada com as mudanças organizacionais. Os administradores estão diminuindo os cargos de chefia, a pirâmide organizacional e estão terceirizando grande parte das atividades. Nas empresas modernas, multiplica-se a idéia de que é melhor subcontratar serviços a contratar gerentes. O objetivo da empresa moderna é conseguir o máximo de autonomia com o mínimo de intervenção humana. Respondendo a tantas mudanças, o mercado sugere a necessidade de um novo perfil profissional: "As empresas não mais precisam de profissionais eminentemente técnicos, e sim, de pessoas voltadas para os processos de interpretação, elaboração e transformação". O profissional de sucesso não é mais aquele especializado em determinado assunto. Hoje, é preciso ter uma  visão globalizada para atender a um consumidor exigente.
            Para se obter esta qualificação profissional, entretanto, deve partir das empresas a iniciativa de oferecer treinamentos, cursos de informática e línguas estrangeiras e promover seminários internacionais, entretanto, se a empresa não investir na qualidade de seus funcionários, o profissional deverá tomar a iniciativa sempre que possível.
            Enfim, lidar com essas mudanças, inovações e saber navegar em informações, lidando competentemente com pessoas em todos os níveis de poder, e tirando proveito dos conflitos que surgem das crises diárias, são pontos de preocupação da maioria dos administradores no ambiente atual.  

3 - Exigências de um novo cenário...

Atualmente, caminha-se para um ambiente em que o tempo é o recurso mais escasso e verdadeiramente não renovável. A pressão da reação rápida, da resposta em curto espaço de tempo, está impressa nas atitudes e comportamentos e, gerenciar eficazmente o tempo é um diferencial competitivo tanto para empresas quanto para os profissionais em geral. Portanto, a maioria dos estudos na área de administração apresentam um cenário baseado na competitividade, na busca pela qualidade e pela produtividade. Para isso, o Administrador precisa de uma série de qualidades individuais e profissionais para ajudar as organizações a alcançar seus objetivos; qualidades estas que vem sendo cada vez mais valorizadas, considerando-o como um ser dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, de participar ativamente da vida na e da organização, mesmo com todo o advento da Tecnologia.
Segundo Mariotti (1996),fomos educados num clima de competição, estimulados a lutar uns contra os outros, sendo que a competição seria própria da natureza humana, e, portanto, representaria a chave para todas as portas.
E agora, o que fazer diante de um cenário que requer um 'novo administrador', consciente de sua responsabilidade, mas com limitações culturais que dificultam a mudança de mentalidade, na forma de pensar , de agir e de decidir? O foco pode se transformar: da competição, onde pessoas competem com outras, para a competência, onde pessoas unem esforços, trabalham em conjunto, visando obter novos conhecimentos, novas habilidades, descobrindo novas formas de administrar uma organização baseada na aprendizagem, como processo contínuo de renovação e de transformação, este sendo, no entanto, o maior desafio do administrador atualmente.
No entanto, existem ainda aqueles que não admitem ou não querem enxergar estas modificações de comportamento e ambiente, dificultando as novas formas de se comunicar dentro da empresa, impedindo até (quem sabe), a evolução e o progresso da instituição, pensando de forma egocêntrica que o seu negócio não será afetado por nada disso, pois sua empresa tem anos e anos de experiência  no mercado e ele, como administrador experiente, não precisa mudar seu comportamento por conta do que ocorre lá fora. Esse indivíduo está fadado a ser mais um na fila dos desempregados, sendo vítima desse mercado competitivo o qual ele se negou a enxergar e da sua própria ignorância de buscar novos conhecimentos, de querer continuar detendo o controle da empresa em suas mãos, insistindo em continuar naquele ambiente 'competitivo',  porém  sem 'competência'.
            Aquele que não acompanhar e se adequar às mudanças desse novo cenário de constantes transformações, informatização substituindo mão-de-obra humana, que insistir nessa cultura de constante competição, esquecendo-se que o que se está exigindo atualmente ao invés de administrador competitivo é o administrador competente, estará fora do espetáculo bem antes que se imagina, pois o cenário está em reformas...  

4 - Um desafio para o Administrador: Gestão do Conhecimento  
            
A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma 'arma' a disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade. A comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar essas informações em conhecimentos. Há a necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento, vivência multicultural e habilidade para negociação. Existe uma demanda por conhecimentos atualizados em Tecnologia da Informação, e seus impactos no ambiente de negócio, em seus diversos aspectos internos e externos à empresa. É crucial a capacidade - técnica e instrumental - de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações, tanto oriundas do meio ambiente, quanto as oriundas de dentro da empresa
            Há uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação. É fundamental a preparação para interagir, através de cursos direcionados, dinâmicas de grupos com profissionais especializados, adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus companheiros de trabalho; monitorar e influir no clima organizacional, nos fatores de estimulo e motivação, e na cultura organizacional, através de seus valores, hábitos e crenças.
            O administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial.
Porém, as mesmas razões que levam um administrador ao sucesso podem fazer sua carreira descarrilar. De 30 % a 50% dos executivos de grande potencial descarrilam, em geral, por não criarem comportamentos alternativos. Esses executivos agem se esquecendo de alguns fatos que podem ser cruciais para sua carreira, tais como: desatenção com as pessoas, mau desempenho em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à reação dos outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais, indiferença e trabalho em isolamento. É preciso transforma-se numa pessoa melhor, saber quando seu ponto forte deixa de ser um motor de arranque e passa a ser um fardo pesado para carregar, e só se conseguirá isso através da busca de novos conhecimentos, baseando-se na melhoria de seu comportamento para melhor se adaptar ao novo ambiente inovador. 

5 - Um modelo de aprendizado 

             Além das formas tradicionais de aprendizado e as citadas nesse trabalho, existe uma nova  concepção  de  aprendizado,  apresentada  por  Wick  &  León  (1997),   baseado        no S.A B.E.R, composto de cinco passos interligados:  
a)      Selecionar: escolher uma meta que seja fundamental para você e para sua empresa;
 b)      Articular: determinar como você vai atingir a meta;
 c)      Batalhar: colocar o plano articulado em prática;
 d)      Examinar: avaliar o que e como você aprendeu; e
 e)      Recomeçar: determinar sua próxima meta de aprendizagem.  
"A transformação está ligada ao aprendizado em profundidade, que questiona e rompe com os meios e resultados existentes ou 'antigos' e conduz a meios radicalmente novos" ( Gold, 1995, p.134).
Para isso o perfil do administrador deve englobar características que o tornem um administrador que APRENDE, e no entanto, dispor de alguns requisitos básicos para a aprendizagem organizacional:  
·        Curiosidade intelectual;
·        Modéstia;
·        Autocrítica vigilante;
·        Capacidade de imaginar futuros alternativos;
·        Apetite pelo feedback;
·        Mecanismos conscientes para criar, coletar e disseminar conhecimentos,
·        Predisposição à experimentação.
 
Assim sendo, provavelmente, esse administrador terá mais disponibilidade  para acatar esses novos conhecimentos, tendo como alvo, sua qualificação e excelência como profissional.  
6 - Administrador do Passado versus Administrador do Terceiro milênio  
Segundo Wick & León (1997), pode-se fazer uma comparação entre o administrador do passado e o administrador do futuro, que na realidade pertence a um futuro que já deveria estar presente nas organizações, como mostra o quadro abaixo:
 
OS ADMINISTRADORES DO PASSADO  
OS ADMINISTRADORES DO TERCEIRO MILÊNIO  
Aprendiam quando alguém lhes ensinava  
Procuram deliberadamente aprender  
Achavam que o aprendizado ocorria principalmente na sala de aula  
Reconhecem o poder do aprendizado decorrente da experiência de trabalho  
Responsabilizavam o chefe pela carreira
Sentem-se responsáveis pela sua própria carreira  
Não eram considerados responsáveis pelo próprio desenvolvimento  
Assumem a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento  
Acreditavam que sua educação estava completa ou só precisava de pequenas reciclagens  
Encaram a educação como uma atividade permanente para a vida toda  
Não percebiam a ligação entre o que aprendiam e os resultados profissionais  
Percebem como o aprendizado afeta os negócios  
Deixavam o aprendizado a cargo da instituição  
Decidem intencionalmente o que aprender  

Quadro 01 - Análise comparativa entre os Administradores do passado e os Administradores do terceiro milênio. Fonte: Wick & León (1997)  
O quadro 01 demonstra que os administradores devem se responsabilizar pelo próprio aprendizado e estar conscientes que o seu desenvolvimento pessoal e profissional dependem muito mais das suas ações pessoais na busca de novos conhecimentos.
            Daí poder-se citar o caso de diferenças etárias nas organizações, onde ainda hoje é visto como um problema. Vê-se pessoas jovens bem sucedidas e outras, de maior idade, que não conseguem atingir os objetivos que traçaram há anos. Isso pode ser perfeitamente explicado pelo  quadro acima, tendo em vista a grande concorrência no mercado de trabalho, onde os jovens estão buscando com mais ansiedade seus objetivos, tendo maior poder de decisão sobre suas atitudes, poder de escolha entre o que fazer ou não, aprender ou não,  se responsabilizando pelos seus próprios atos.
            De fato, sem se atualizar, qualquer profissional será descartado, tenha ele 70  ou  25 anos de idade. As pessoas têm a capacidade de surpreender, de se atualizar, de virar o jogo. Portanto, ainda não inventaram nada melhor do que a experiência; sendo assim, está sendo muito utilizado em grandes empresas, se colocar jovens empreendedores, cheios de novos conceitos e idéias junto com veteranos para trabalharem como incentivo à troca constante de experiências.
            Dessa forma, as empresas devem contar com a experiência dos veteranos que conhecem muito sobre ela e a força dos jovens, cheios de idéias e ideais. Ambos se completam.  
6.1 - O administrador e a Internet  
            A Internet está hoje em todos os lugares na vida do administrador. Na empresa, ou na vida particular, o gestor de negócios se depara com a presença da Internet a todo momento. O comércio eletrônico está mudando a forma como as empresas fazem seus negócios, o comportamento do consumidor on-line está cada vez mais diferenciado. A comunicação organizacional está entrando em um outro patamar com as Intranets. A cooperação entre as empresas está criando novas alternativas de redução de custo de produtividade com as extranets. Enfim, modelos totalmente novos estão surgindo, e acompanhar essas mudanças não é nada fácil, mas absolutamente necessário num ambiente competitivo globalizado como o atual.
            Não é só na estratégia competitiva e nas relações externas que a Internet é uma nova variável, que muda completamente a equação do sucesso. Na gestão interna da empresa também o impacto das tecnologias ligadas à Internet é grande. Graças ao advento do e-mail e das intranets, por exemplo, muito do "capital intelectual" das empresas está encontrando uma nova alternativa e valorização. A agilidade dos processos internos está aumentando vertiginosamente, impactando a forma como se estrutura e administra as organizações.
            Porém, muito se tem veiculado sobre a explosão da Internet, e muitos aspectos da sociedade passam a ser discutidos com essa perspectiva. O E-Commerce, o marketing eletrônico, os serviços de suporte a  clientes via correio eletrônico são alguns dos aspectos importantes da Internet para as empresas, e que vem sendo discutidos cada vez mais nos meios de Administração e de Tecnologia da Informação.
            Esse tipo de comunicação ainda recente, ainda não está sendo alvo de grandes estudos, estando o assunto longe de esgotar o interesse científico e acadêmico. A Internet é realmente útil para todos, porém é um verdadeiro desafio, pois a tecnologia é cada vez mais complexa, os softwares são cada vez mais sofisticados, a necessidade de treinamento é cada vez maior e o custo de administração desses sistemas se eleva continuamente; portanto, comprar é cada vez mais fácil, mas gerenciar esta compra ainda é muito caro.
            A crença de que a Internet permite que qualquer empresa atue globalmente em todos os mercados, tem levado, principalmente as pequenas empresas a procurarem a Internet como alternativa de marketing e prospecção de novos mercados. Outrossim, é necessária toda uma estrutura por trás da operação, um administrador que realmente se intere  dessa nova pauta, para garantir o plano desejado e a entrega dos produtos e serviços a seus clientes.
            A rapidez tem sido, talvez, o maior desafio das empresas, além da exigência de eficiência e eficácia dos administradores de empresas. Assim, nas organizações hoje, a maioria pensa estar indo rápido quando, na verdade, o que acontece, é apenas se estar tendo pressa. A verdadeira rapidez é uma particularidade da ação, não do pensamento. É necessário planejar  cuidadosamente, para, então poder agir rápido. E isso o administrador de empresas deve ter em mente sempre que se deparar com novas Tecnologias de Informação, sabendo utilizar dessas informações e da Internet propriamente dita, para melhor auxiliá-lo em seus afazeres, não se esquecendo da memória organizacional, pois sem memória, sem se conhecerem, as empresas ficam fadadas a cometerem os mesmos erros constantemente. Uma memória ativa, um administrador eficiente e uma correta utilização das novas TI , permitirão a esta empresa queimar algumas etapas, simplificar caminhos e assim, como a velocidade da ação cobra o tempo do planejamento, a memória do passado é crucial para as ações futuras.
A Internet está aí para auxiliar a todas as pessoas que queiram 'ganhar tempo'  de alguma forma, mas, são necessários alguns princípios para se ter eficiência com essa nova ferramenta de trabalho: Ter um bom treinamento para melhor utilizá-la; saber discernir o que é útil e o que é fútil; o que é e o que não é compatível com suas necessidades.
Esse talvez seja apenas  mais um desafio para os Administradores ...   
6.2 - Uma questão a ser revista:  
            O problema pode ser o da explosão da "não-informação". Essa discussão é importante para a questão do administrador neste século, uma vez que estamos entrando em um novo ciclo econômico, fortemente baseado em Tecnologia da Informação, conhecido como Era da Informação, ou  ainda Era do Conhecimento. Essa Era da Informação pode criar novas formas de participação para as pessoas, interrelacionando diferentes culturas.            O administrador precisa tanto da criatividade, da agilidade, da capacidade de se modificar, de se adaptar continuamente, quanto da confiança, constância e permanência de seus sistemas de informação. A empresa precisa de ambos: criatividade e rapidez. A solução dessas questões é fundamental no processo de formação desses "gestores de conhecimentos", ou seja,  de cada um de nós daqui para frente!
A imagem dessa era, no entanto, ainda se concentra em tecnologias de hardware, produção em massa, estreitos modelos econômicos de eficiência e competição, e é mais uma extensão de idéias e métodos industriais do que um novo estágio no desenvolvimento humano, ou seja, "ou o administrador gerencia mudanças, ou não administrará nada!"  
7 - Considerações finais  
            Todos os aspectos levantados neste trabalho demonstram que o perfil do administrador de hoje, é o de um eterno aprendiz, capaz de levar o seu aprendizado para o ambiente das organizações. Além disso, o aprendizado pode se tornar um instrumento capaz de guiar todas as suas ações, tornando-se uma verdadeira filosofia de vida. As empresas modernas devem se tornar gestoras de conhecimentos para ajudá-las a se transformar continuamente e sobreviver às mudanças tão rápidas que vêm ocorrendo no ambiente empresarial. Para isso, é necessário  a mudança do perfil do administrador, que, além de uma formação técnico-científica, deve ter uma formação humanística, interdisciplinar e sistêmica, levando a aprendizagem para todos os níveis organizacionais, através de novas Tecnologias de Informação, introduzindo, portanto uma nova concepção de administração nas organizações.
            O Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de mudanças da organização, e se essa nova concepção de organização for introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma sociedade. É, portanto, uma nova modalidade de responsabilidade social que se encontra nas mãos dos grandes gestores das organizações: os seus administradores...

Entrevistas : O líder precisa ser um bom comunicador



EntrevistasA busca por talentos que façam a diferença para o negócio tornou-se uma premissa básica para as empresas competitivas. Mas para que esses profissionais agregem valor, eles precisam atuar em equipe e, conseqüentemente, necessitam ter um líder que seja capaz de influenciá-los e levá-los a obter resultados positivos. No entanto, isso só será uma realidade se a liderança souber comunicar, pois sem essa competência é provável que as metas traçadas não saiam do papel. Mas, quais são as características de um líder que se faz entender corretamente?

Para se tornar um bom comunicador é fundamental colocar-se no lugar do outro, a fim de que alguns estímulos sejam criados e a comunicação tenha êxito. “Ser um bom comunicador é fazer uso de pausas, para que as pessoas possam compreender de forma lenta e gradativa aquilo que está sendo dito, é ter boa pronúncia, é falar com alteração de volume, com tonalidade e com musicalidade”, afirma o consultor e especialista em comunicação Reinaldo Passadori. Em entrevista concedida ao RH.com.br, Passadori explica como o gestor deve se posicionar quando vai transmitir uma informação, pois apenas falar não é suficiente para ser “entendido”. A condução do processo de feedback também é abordada pelo consultor. A entrevista é toda sua, aproveite a leitura!

RH.com.br - Hoje, o mercado foca a atenção para captar e reter líderes preparados para trabalhar em equipe. Nesse caso, o “saber comunicar” tornou-se uma competência essencial para os gestores?

Reinaldo Passadori - Não dá para desassociar a comunicação da liderança. O gestor como a pessoa que exerce a influência sobre as pessoas naturalmente precisa exercer essa influência. E só vai exercer essa influência por meio da habilidade de comunicar. Eu gosto muito de usar a liderança ou fazer uma ilustração pensando na liderança como uma pedra que se joga sobre uma lagoa ou uma piscina – como é só uma ilustração, dá para entender o que se quer dizer - a ondulação que vai se propagar por toda a lagoa é o reflexo da influencia do líder sobre os seus liderados ou do comandante sobre seus comandados. Uma boa comunicação é aquela que leva em consideração a pessoa com quem se está se comunicando. Ela tem processo empático, ela tem firmeza, ela tem assertividade e não agressividade, ela tem respeito. O bom comunicador utiliza bem a sua voz, o seu corpo, possui uma linha de argumentação e leva em consideração a sensibilidade e as características dos ouvintes, no nosso caso, os liderados.

RH.com.br - Quais as características de um líder que tem uma boa comunicação com sua equipe?

Reinaldo Passadori - Posso citar algumas características como, por exemplo: desenvolver a arte da empatia é colocar-se no lugar da outra pessoa para que possa gerar estímulos adequados de acordo com a compreensão e a capacidade do outro entender; a utilização da voz, falar com uma velocidade que venha expressar a emoção daquilo que está sendo dito. Fazer uso de pausas para que as pessoas possam compreender de forma lenta e gradativa aquilo que está sendo dito, é ter boa pronúncia, a utilização da voz, é falar com alteração de volume, com tonalidade e com musicalidade - para que a fala fique rica, encantadora e com beleza e não fique monótona; a utilização do corpo, gestos, mãos, braços, semblante, a estrutura corporal - olhar nos olhos da pessoa quando fala. Outra característica seria ainda gentileza, a cortesia, a boa educação, falar num tom que a pessoa não se sinta agredida, ao contrário se sinta respeitada. Resumidamente: uma é o conteúdo que deve ser consistente, claro, correto e a outra - a forma gentil, educada e firme e transmitir de forma tal que a outra pessoa se sinta valorizada, respeitada.

RH.com.br - Ter uma boa comunicação tornou-se sinômino de um exímio negociador?

Reinaldo Passadori - De fato isso acontece, além do líder, para o negociador, a comunicação é fundamental. A comunicação não pressupõe apenas falar, mas pressupõe saber interagir com o interlocutor. E o processo de negociação nada mais é do que entender o que a pessoa está sentindo, entender o argumento - se está sendo bem dito ou não - controlar a sua emoção para não agir de forma impensada.Ter boa habilidade de negociação é conhecer gente, é conhecer pessoas, é saber o momento de agir. Assim, como em um jogo de pocker. A pessoa tem uma boa carta, tem uma boa jogada, mas não pode expressar que está com uma boa jogada porque tem a intenção de conseguir, obviamente, um resultado que talvez não seja o melhor, mas que seja justo num processo de negociação e que o outro também – no final da negociação – se sinta valorizado, respeitado.

RH.com.br - O exercício da comunicação para um gestor é uma atividade versátil?

Reinaldo Passadori - Entendo um gestor como um líder. Mas, vamos pensar no gestor como um empreendedor, um empresário, uma pessoa que tem a responsabilidade não só do comando da sua equipe, mas a visão total de uma organização ou do seu departamento no contexto empresarial. O gestor tem contato com seus subordinados, ele tem contato com seus superiores, ele tem contato com os seus clientes internos e externos, ele tem contato com o mercado de uma maneira geral. Por isso, o gestor atua em diversas frentes: ora está negociando, ora está liderando, ora está proferindo uma palestra, ora está concedendo uma entrevista.

RH.com.br - De forma prática, como o líder pode melhorar a comunicação com sua equipe?

Reinaldo Passadori - A melhor forma para melhorar a comunicação é a percepção do outro. É ter a habilidade de falar de forma apropriada, de controlar a emoção, de não falar de forma apavorada nem afobada, de saber ouvir o que o outro está dizendo, de saber controlar-se no tempo para não falar demais, evitar falar tagarelando, ou seja, são características que tornam um bom comunicador num bom negociador. Além de se colocar no lugar do outro o grade segredo é saber ouvir e dar oportunidade que os subordinados falem, para que por meio do respeito mútuo a comunicação seja garantida.

RH.com.br - A prática do feedback é uma preocupação das empresas, pois se o processo for mal conduzido pode gerar conseqüências negativas tanto para a organização quanto para o colaborador. Qual a premissa básica para realizar um feedback?

Reinaldo Passadori - O feedback, obviamente, tem uma intenção positiva. Para que feedback seja bem feito quem conduz o processo primeiro tem que levar em consideração que a pessoa nem sempre gosta de receber um feedback – ainda mais se ele vai propor uma crítica ou falar de alguma fraqueza. Uma boa prática é aquela comumente conhecida como: sanduíche. Ou seja: pão, recheio e depois o pão. Em outras palavras: o ideal seria recheio, pão, recheio. O ideal é que se enalteça os pontos positivos e depois com habilidade e respeito a pessoa que está concedendo o feedback deve – sempre com o objetivo de aprimorar de gerar a possibilidade de desenvolvimento da pessoa que está recebendo o feedback. Daí, sim, apontar as falhas - sempre com o objetivo de e daí apontar as falhas daquilo que não está bom e pode ser melhorado.

RH.com.br - No processo de feedback, o líder deve ser um canal de mão dupla, ou seja, falar no momento certo e ouvir o outro lado?

Reinaldo Passadori
- Não é um feedback trocado. Há situações sim, mas quando o líder quer e precisa de um feedback ele abre um espaço para dar e receber, mas quando se trata de uma orientação, de um ajuste em função a uma expectativa de um colaborador é preciso ter uma ressalva em relação à “mão-dupla”. Porque o que pode acontecer nessa hora é que ao invés dele fazer alguma crítica, abre um espaço para ser criticado. Nesse sentido, quando se tratar de uma orientação, de um ajuste que o líder queira fazer em relação à performance ou à atuação de um colaborador, não creio que seja este o momento de uma “ mão-dupla”. Muito embora, uma liderança aberta hoje pode, em algum momento, abrir esse canal de recepção de críticas e sugestões a partir de sua performance, mas há de se tratar isso de uma forma específica com objetivo específico.Ressaltando: se o objetivo é orientar um colaborador, dizer que ele está falhando em relação a certos procedimentos e não está atendendo às expectativas em relação ao trabalho dele, não acredito que seja o momento de se criar a “mão-dupla”.

RH.com.br - Quais as principais dificuldades que os líderes encontram ao exercitarem a comunicação com suas equipes?

Reinaldo Passadori
- Num primeiro momento é bom que não se confunda liderança com chefia. Uma das principais dificuldades encontradas pelos líderes é exatamente a inabilidade da comunicação apresentada pela falta da empatia ou de sensibilidade - uma das principais falhas de um líder no processo da comunicação. A comunicação pressupõe que a pessoa fale a outra entenda e receba o feedback como sinal de que compreendeu aquilo que foi dito. Existe o emissor, o receptor, a informação que é passada e o feedback e o bom comunicador procura saber se houve entendimento perfeito diante do que foi dito.

RH.com.br
- A dificuldade de saber comunicar dos gestores está apenas relacionada aos seus subordinados ou é extensiva a outros profissionais?

Reinaldo Passadori - No geral, a pessoa tem ou não tem a dificuldade de se comunicar. Não é somente na liderança que ela vai exercer a sua comunicação. Mesmo por que, o gestor tem uma polarização, uma ramificação ou uma capilarização de relacionamentos. Ora está falando com pessoas fora da empresa, ora está atendendo pessoas em uma visita, ora está conversando com profissionais de outras áreas – não apenas os seus subordinados. A comunicação de um gestor atinge outros nichos, outros setores. Se um falante tem dificuldades de comunicação isso é expandido para todos os níveis e assim inversamente.

RH.com.br - Em que ações a área de RH deve investir para tornar os gestores bons negociadores?

Reinaldo Passadori - Contratar consultorias ou empresas que estejam capazes de: oferecer recursos para o desenvolvimento das habilidades necessárias para o bom desenvolvimento da função em que ocupa. No meu entender, os gestores de RH deveriam enxergar a comunicação como recurso básico, fundamental para que todas as pessoas, todos os gerentes e os gestores possam ter todas as habilidades específicas bem desenvolvidas. Claro que os cursos tão bem recomendados por grandes faculdades, ou ainda, os MBA’s, especializações até mesmo fora do país são primordiais para a formação do conteúdo. Porém, a habilidade mais básica e prática é a comunicação. No meu entender, o pré-requisito básico para qualquer profissional, antes de qualquer que seja o curso especifico é o de Comunicação Verbal - saber comunicar-se em qualquer contexto e, posteriormente, aprimorarem-se com cursos mais específicos para o aprimoramento da sua competência intelectual. Um profissional cada vez mais competitivo é o profissional que o mercado procura e que faz a diferença como líder e como comunicador.

Fonte: RH.com.br

ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

1)     Na sua opinião, o que deveria ser ensinado para os futuros administradores, durante a formação acadêmica, e não esta sendo aplicado nas redes de ensino superior, ainda?

O desenvolvimento de um ser humano competente para se relacionar com qualquer pessoa e em qualquer situação. Isto já vem sendo feito em poucas faculdades a exemplo da Faculdade da Cidade através da disciplina Educação Emocional, mas ainda é pouco, pois deveria acontecer no inicio, meio e fim do curso.


2)     O que o aluno deve aprender no primeiro dia de aula, levar com ele e estudar até o final do curso para ser um bom administrador?


 Em primeiro lugar aprender a ser Integro, em segundo ser motivado para a profissão e em terceiro buscar cada vez mais conhecimento. Isto porque conhecimento sem motivação não dá em nada e motivação sem integridade pode ser um desastre.


3)    Diante das exigências do mercado competitivo de todas as áreas de atuação do administrador, com toda evolução tecnológica e a globalização, o que mais tem contribuído para a boa formação do administrador?

Compreender as adversidades e as visões distintas do mundo e acompanhar a velocidade com que as coisas acontecem e, se possível, se antecipar aos acontecimentos.

4)    Qual a importância da sua matéria para a formação do futuro administrador?

Pesquisas têm mostrado que o aprendizado acadêmico é responsável por apenas 20% do sucesso do profissional. Os 80% restantes tem a ver com a sua capacidade de se relacionar consigo mesmo e com os outros. Estas competências são ensinadas na disciplina Educação Emocional.

 Abraços.
Gilson Vieira. (professor de educação emocional)











1) Na sua opinião, o que deveria ser ensinado para os futuros administradores, durante a formação acadêmica, e não esta sendo aplicado nas redes de ensino superior, ainda?

Não posso generalizar, até mesmo, porque não tenho conhecimento das grades curriculares e metodologias de ensino praticadas por todas as Instituições de Ensino Superior, mas sabemos que grande parte delas, ainda não exercita a prática da interdisciplinaridade e ensino centrado no aluno, o que, para mim, é indispensável, já que o mercado de trabalho cada vez mais valoriza o profissional multitarefa, exigindo deste, qualidades como, criatividade, proatividade, facilidade de trabalhar em equipe, perfil empreendedor e capacidade de liderança, qualidades estas, que não vejo como serem desenvolvidas, sem a prática de atividades que levem o estudante a enxergar a necessidade de conhecimento compartilhado e visão sistêmica no ambiente empresarial.

2) O que o aluno deve aprender no primeiro dia de aula, levar com ele e estudar até o final do curso para ser um bom administrador?

Além de aprender o significado da administração, funções do processo administrativo e papeis do administrador, entender a necessidade de que durante o curso precisa adotar uma postura profissional, buscando desenvolver suas atividades de estudo e pesquisa com seriedade, entendendo que a responsabilidade pelo seu aprendizado não é apenas do professor, mas principalmente dele próprio. Para isto, ele deve buscar o conhecimento fora da Instituição, o que está cada vez mais fácil, já que o conhecimento está à disposição de todos, não só nas bibliotecas e livrarias que estão cada vez mais acessíveis, mas pela grande contribuição da tecnologia que nos permite estarmos conectados com o mundo e ao alcance de qualquer tipo de informação.   

3) Diante das exigências do mercado competitivo de todas as áreas de atuação do administrador, com toda evolução tecnológica e a globalização, o que mais tem contribuído para a boa formação do administrador?

O acesso à informação e ao conhecimento, conforme abordado na resposta da questão 2.

4) Qual a importância da sua matéria para a formação do futuro administrador?

A primeira observação que devemos fazer, é que a comunicação, ainda é vista por grande parte dos gestores, não como um investimento, mas, apenas, como custo, embora pesquisas tenham demonstrado que investimento em comunicação hoje é uma decisão estratégica e tem trazido alto retorno para as organizações.

Saímos da sociedade industrial nos moldes taylorianos, em que a comunicação não era prioridade e passamos para uma nova realidade: A Era da Informação e do Conhecimento, em que a relevância da comunicação na gestão organizacional é cada vez mais evidente e tem exigido dos administradores uma nova postura gerencial.

Uma prática organizacional que trate a comunicação de maneira integrada, objetivando a construção de uma visão sistêmica e compartilhada, que possibilite as mesmas percepções para os diferentes públicos estratégicos da organização é necessária e, para isto, deve ser uma preocupação das empresas e dos profissionais de administração, a implementação de sistemas de comunicação que deem conta do volume de dados, informações e conhecimentos gerados nos seus ambientes e contexto de atuação.

Considerando esta realidade e no sentido de dar a sua contribuição na formação do administrador, a disciplina comunicação organizacional aparece na grade curricular do Curso de Administração da Faculdade da Cidade do Salvador, com o objetivo de discutir as características das organizações desta nova era e demonstrar a importância de uma visão integrada da comunicação, apoiada na oferta de meios e tecnologias de informação e comunicação.

Mais especificamente, a disciplina busca apresentar a comunicação como um dos principais meios de coesão e integração organizacional, descrever o processo de comunicação e a necessidade de integração e interatividade das comunicações internas, de marketing e institucional, apresentar as principais tecnologias e meios que podem dar suporte à comunicação e proporcionar condições para a melhoria da comunicação nas organizações.

Alberto (professor de comunicação organizacional)



LIGAÇÃO COM AS DICIPLINAS

Como a Matemática e a Contabilidade Geral é introduzida nos Processos Administrativos?

O administrador tem como principal função alcançar resultados eficazes através de planejamentos, relatórios e projetos, onde se exige a aplicação de conhecimentos ligados à matemática.
Somente através do raciocínio lógico alcançado pela matemática é que o administrador poderá tomar decisões analisando os riscos da tomada de um empréstimo ou um financiamento de um imóvel. Se estes riscos não forem bem calculados o erros podem levar uma empresa a falência. Daí o quão importante é o uso da matemática nos processos administrativos.
Já os conhecimentos técnicos da contabilidade possibilitam a compreensão e o funcionamento da entidade, elaborando resultados que viabilizarão conhecer o equilíbrio do seu patrimônio financeiro. As ferramentas contábeis, como análise de balanços e demonstrativos, são subsídios imprescindíveis para que o administrador atue com competência.

 Como a Psicologia e a Teoria Geral da Administração ajuda no campo de atuação do Administrador?

           O estudo da psicologia proporciona o entendimento sobre o comportamento das pessoas facilitando a compreensão dos fenômenos relacionados com o funcionamento de indivíduos e grupos. Ajuda a estabelecer uma melhor relação interpessoal entre os funcionários de uma determinada empresa, respaldando de forma psicológica o administrador. Enquanto ciência do comportamento é um instrumento à disposição que pode ser utilizado como apoio na busca de contínuo aumento da eficiência dos processos e da melhoria da qualidade de vida no trabalho.
O conhecimento acadêmico sobre a Teoria Geral da Administração é de suma importância, pois é com este estudo, que iremos entender a evolução de conceitos, mecanismos, instrumentos, estratégias e ferramentas para o desenvolvimento contínuo do administrador, colaborando no processo de planejar, organizar, dirigir e controlar          

Qual é a importância de estudar a Língua Portuguesa e a Metodologia do Trabalho Científico para o Administrador?

                   Falar e escrever corretamente são importantes para qualquer que seja o cargo ocupado em uma instituição. Porém para o Administrador que se encontra a todo tempo relacionando-se com pessoas e representando a empresa onde trabalha, um bom conhecimento da língua é essencial, pois, a imagem que este profissional passará, ficará diretamente ligada à empresa e o uso correto da língua fará com que ele se destaque dentre os outros.
          Já com os estudo da Metodologia do Trabalho Científico o administrador obtem os conhecimentos necessários para elaboração dos trabalhos acadêmicos, desde construção, vocabulário a normas a serem utilizadas para que através de processos e técnicas, a legitimidade do saber obtido esteja garantida.


A importância do Trabalho Interdisciplinar Dirigido na formação acadêmica do Administrador.

             A proposta deste importante trabalho interdisciplinar é reunir conhecimentos e desenvolver no aluno a habilidade de identificar, analisar, explicar e resolver problemas dentro e fora da sala de aula, ou seja, todo administrador terá necessidade de elaborar projetos, e esses trabalhos são importantes para dar experiência, colaborando com aplicação dos conhecimentos teóricos disciplinares, possibilitando o domínio informações para a formação acadêmica do administrador.